9.4.17 – O.Azeméis | Góis | Arganil | Piódão | O.Hospital | Nelas | Viseu | Cinfães | O.Azeméis

Três peças da da melhor engenharia de duas rodas e respectivos donos juntaram-se para uma volta há muito prometida. Norte, ou Sul? Fomos para sul para para a região centro, para a “floresta portuguesa”, reviver tempos mais curtos ou longos, tendo como ponto central o Piódão.

Contei episódios recentes menos conseguidos por aquelas bandas, e como de lá do alto poderia vir ter cá abaixo, traçamos a rota e rumamos a Arganil.

Em Arganil o sentido foi para Folque e Coja, ficando para trás o Colmeal: pelo asfalto até à Casa do Guarda, por uma floresta que se adensa com as nossas espécies, fazendo esquecer o país do eucalípto.
Na Casa do Guarda, uma paragem obrigatória na curva que outrora era em terra e que pilotos como o Vatanen, Biasion, Alen e tantos outros, fizeram sonhar gerações inteiras de portugueses.

Encastradas na serra, casinhas de xisto fazem lembrar uma aldeia de um presépio, abandonado pelo tempo, com um riacho que se transforma em praia fluvial uns quilómetros mais abaixo.
A estória do Carteiro António e a da capela de S.Pedro confundem-se e abram o apetite para um bucho de porco e uns queijos de algumas ovelhas que certamente se cruzaram connosco na estrada.
Com o estômago tão cheio como o do porco que acabávamos de comer, fizemo-nos à estrada em direcção ao Douro, percorrendo os folhos da Serra da Estrela, por Oliveira do Hospital e Nelas, emprestada em contos pela escrita de António e João.
“Enrolar punho” foi a palavra de ordem e só foi desfeita com a paragem em Viseu para os Viriatos e Rotundinhas. Com tantos pecados no trânsito, o da gula deverá ser o menor deles!

Do encadeado de Cinfães até casa, uma estrada perfeita no desenho das curvas e com os rios como cenário de fundo ( Paiva e Douro), o ronco dos motores ecoou e ficou a promessa de novas viagens.
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