26.12.18 | 29.12.18 – Palas de Reis | Melide | O Pedrouzo | Santiago de Compostela

mítica Estrada Nacional 2. 2016 foi um ana de excelência, em termos de
realizações pessoais e profissionais.
alguns bens essenciais e, juntamente com o meu ídolo de juventude – José Santos
Godinho – e o Pedro Gil Vasconcelos, rumamos a Santiago.

provavelmente o mais conhecido, especialmente depois do filme “El Camiño”. Mas tamanha
fama não nos trouxe companhia na viagem e fizemos três dias de caminhada onde apenas
nos cruzamos com tês ou quatro peregrinos; mas já lá vamos.
de carro até Santiago, onde apanhamos um autocarro até Palas de Rey.
preparou-nos para a viagem e o meu passaporte levou o primeiro carimbo.
florestas de árvores de grande porte, com um bonito sol que salpicava de amarelo
o horizonte, rumamos em direcção a Santiago.
Há quem diga que viajar é renovar, é morrer para voltar a
viver, esvaziar o corpo e a mente para voltar a encher.
da luz: vivemos dias frios e escuros, de trevas, e, a partir do dia 21 de
Dezembro, a luz ilumina a Terra e os dias ficam maiores; o
nascimento de Cristo
é a luz espiritual enquanto a Natureza se encarrega de tudo o resto.
simbólico de uma viagem que separa a noite do dia.
essa simbologia… e a inúmeras piadas das mochilas de uns e de outros.

com sentido de oportunidade, humor, memória e parentes afastados do Maquiavel.
Reis de Melide. Com o sol a baixar no final da tirada, o frio veio e com ele as
minhas primeiras queixas.
apesar de não ser constante, ao caminhar por baixo de árvores, a água suspensa
nas copas teima em obedecer à gravidade e caem bátegas grossas que encharcam a
roupa.
paisagem bucólica, com nevoeiro e vastos pastos com vacas, onde árvores
isoladas eram alvo da minha máquina fotográfica.
que me viram ficar para trás a seguir ao almoço do segundo dia de viagem. Não
deveria ter parado para almoçar e parei, mesmo sem fome. A comida trouxe-me a
preguiça e a vontade de me refastelar algures a dormir uma sesta; o frio fez o
resto e só muitos minutos depois do Pedro e do Zé terem chegado a O Pedrouzo é
que eu cheguei.
bastão, umas sapatilhas de futsal e o ar de quem tinha sido atropelado por um
TGV. Para se fazer o camiño não é necessário preparar-se como se fosse subir o
Everest e gastar rios de dinheiro em equipamento; mas há mínimos que ajudam no
conforto. Quando se caminha 9 horas, 33 km como foi o caso desse dia, ter uns
atacadores que não se desapertam ou uns que se vão desapertando e fazem o peregrino
estar constantemente a baixar e a levantar, com o peso da mochila às costas,
faz muita diferença. É mínimo, mas na cabeça é uma falha morfológica.
Lavacolla. Este último dia encheu-se de luz para uma chegada a Santiago por
volta do meio dia. Até lá, o troço mais feio do percurso, com aproximadamente
10 km de asfalto, e outros tantos de terra; coisa que, nos dois primeiros dias,
raramente pisámos asfalto.
esforcei e foi com mérito próprio que lá cheguei, que passei a passagem ao som
do música celta, que o sol sorriu para mim quando me coloquei diante da porta
da Catedral.
Comment (1)
otimos dias com otimos amigos
faltaram outros otimos amigos, mas sempre presentes